segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Jornalistas de Papel

O jornal impresso acabou.
O jornalismo vai bem, obrigado.
Quem teve a experiência de fazer parte, conviver e perguntar a uma turma de estudantes quantos compram jornais na banca e quantos lêem as notícias em sites e portais, sabe do que estou falando.
Não me refiro ao jornal como aquele monte de papel escrito e embalado em plástico que atiravam no quintal de nossas casas e que deixavam nossas mãos sujas de tinta durante a leitura.
Falo do hábito de ler jornais impressos. Ele morre com nossa geração.
Creio que a questão é um tanto tediosa.
Não sendo dono de jornal, o que me interessa é publicar, não importa o suporte, impresso ou digital. As mídias digitais não assassinam as outras mídias, mudam hábitos.
O Youtube mudou a maneira de vermos TV.
A web 2.0 muda a prática do jornalismo, que passa a ser colaborativo.
Vejo o impresso como algo dispendioso que continuará existindo em edições gratuitas ou como produto segmentado e caro. Mas não interessa mais a um público que quer suas notícias "personalizadas", na forma, tempo e jeito que bem entendem.
O novo jornalismo é feito com a participação do público, desde a pauta, apuração e elaboração das matérias até a edição e publicação.
Vejo nisso uma saída para o jornalismo burocrático feito atualmente. Jornais que perdem receita, ano após ano, cortam gasolina, até o cafezinho que era ‘passado’ duas vezes ao dia!
Os profissionais, preguiçosos e atolados de pauta, não tiram a bunda das redações. Como resultado, a aporrinhação em forma de notícias.
Creio que o jornalismo é absolutamente necessário hoje, como filtro de informações. Ele vai relacionar e contextualizar.
Linkar!
Esse sim será o seu papel, jornalista.
O outro, papel, já era.

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