quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Sonho

Sonho motiva,
sonho instiga,
sonho revigora,
sonho realiza.
E ao se realizar,
o sonho nos faz acreditar
que vale a pena sonhar!

"Um sonho sonhado sozinho é um sonho. Um sonho sonhado junto é realidade". (Raul Seixas)

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Pra que fugir?

Pra que fugir?
Porque será que eu tento esquecer?
Porque será que eu tento me esconder de mim?
Tento arrancar de mim um sentimento baseado em imaginação.
Fico tentando fugir de uma realidade que foi eu mesmo quem criou.
Tentando achar refúgio, fazendo suposições em meu inconsciente.
Nada disso é real, eu sei que não.
Mas não consigo parar de criar falsas sensações.
Preciso fugir, não eu não preciso fugir.
Porque é que tem que ser assim
Eu não consigo me impedir
É muito confuso, e é essa dependência é que me deixa assim.
Pensar que você se foi é o que mais vem em minha mente.
O engraçado é que te tenho ao meu lado.
E você nunca esteve ausente.
Será que esse sentimento é tão forte assim.
Pois só de pensar em te perder, tudo fica sem sentido pra mim.
Todas essas confusões, alucinações, é que me machucam e me deixam magoado.
Mas e amanhã? Será que eu vou acordar e te ver deitada ao meu lado?

Texto de Jorge Pontes

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Era uma vez um sonho de Luan

Por mais que o título seja sugestivo e possa parecer, a história a seguir não é um conto de fadas. Ainda que tenha características muito semelhantes.

Sonhar: ter sonhos; entregar-se a devaneios; pensar com insistência; desejar; aspirar algo ou alguma coisa; segundo o minidicionário da língua portuguesa Aurélio.

Sonhador: aquele que tem sonhos; que deseja; que aspira. Dentre todas as possíveis definições, no momento a que melhor resume é, Luan.

Quem viveu de perto afirma, “a história de Luan é um conto de fadas com pessoas reais”; de fato.
Um garotinho humilde, de expressão serena, sempre muito calmo e educado. Luan morava numa casa bastante debilitada, com ele, sua mãe e mais três irmãos dividiam o mesmo teto, que de tão precária a situação, por muito pouco não veio abaixo.
Como muitos garotos de sua idade teve poucas oportunidades nesses doze anos, porém, soube aproveitá-las como se fossem seus doze últimos minutos de vida. Entrou no projeto “Os Sonhadores” – um projeto social fundando em 2001 por Marcos Vilela voltado a crianças carentes de Fernandópolis – e como as demais crianças, enxergou ali uma oportunidade de crescer e tornar sua vida melhor.
O projeto que visa incentivar crianças de 5 a 17 anos a sair das ruas e manter-se longe das drogas e da marginalidade, também ensina a sonhar. Sonhar com uma vida melhor, mais digna, um futuro, uma carreira, uma casa. Além de sonhar, incentiva e faz acreditar que sim, tudo é possível.
Foi assim. Meio a sonhos e devaneios o tal garotinho de doze anos, tinha como seu maior desejo uma casa nova. Na verdade não havia nem a necessidade de ser nova, ao menos com as mínimas condições de moradia, coisa que não tinha no “barraco” em que vivia.
O garoto Luan sempre se destacou em meio a várias crianças, com bons resultados no projeto e na escola. Sensibilizou com seu exemplo e sua história o poder judiciário, empresários e membros da sociedade fernandopolense.
A partir daí uma iniciativa do juiz da Vara da Infância e Juventude de Fernandópolis, Evandro Pelarin, mobilizou um grande número de pessoas da cidade em prol a família carente do Jardim Brasília.
Como diria Raul Seixas na composição Prelúdio, "Um sonho sonhado sozinho é um sonho. Um sonho sonhado junto é realidade".
O sonho de Luan, até então sonhado sozinho, passou a ser sonhado junto com anjos em figuras humanas dispostos a lhe ajudar, e assim, tornou-se uma realidade.
No sábado, 31, ultimo dia do mês de julho, marcava também o ultimo dia desse sonho. Uma casa nova foi entregue ao garoto sonhador, talvez até além dos seus sonhos iniciais, cem por cento mobiliada.

Um conto de fadas? Talvez. Mais do que isso a lição que sonhar vale à pena, afinal, a vida de um sonhador é sempre um final feliz!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Jornalistas de Papel

O jornal impresso acabou.
O jornalismo vai bem, obrigado.
Quem teve a experiência de fazer parte, conviver e perguntar a uma turma de estudantes quantos compram jornais na banca e quantos lêem as notícias em sites e portais, sabe do que estou falando.
Não me refiro ao jornal como aquele monte de papel escrito e embalado em plástico que atiravam no quintal de nossas casas e que deixavam nossas mãos sujas de tinta durante a leitura.
Falo do hábito de ler jornais impressos. Ele morre com nossa geração.
Creio que a questão é um tanto tediosa.
Não sendo dono de jornal, o que me interessa é publicar, não importa o suporte, impresso ou digital. As mídias digitais não assassinam as outras mídias, mudam hábitos.
O Youtube mudou a maneira de vermos TV.
A web 2.0 muda a prática do jornalismo, que passa a ser colaborativo.
Vejo o impresso como algo dispendioso que continuará existindo em edições gratuitas ou como produto segmentado e caro. Mas não interessa mais a um público que quer suas notícias "personalizadas", na forma, tempo e jeito que bem entendem.
O novo jornalismo é feito com a participação do público, desde a pauta, apuração e elaboração das matérias até a edição e publicação.
Vejo nisso uma saída para o jornalismo burocrático feito atualmente. Jornais que perdem receita, ano após ano, cortam gasolina, até o cafezinho que era ‘passado’ duas vezes ao dia!
Os profissionais, preguiçosos e atolados de pauta, não tiram a bunda das redações. Como resultado, a aporrinhação em forma de notícias.
Creio que o jornalismo é absolutamente necessário hoje, como filtro de informações. Ele vai relacionar e contextualizar.
Linkar!
Esse sim será o seu papel, jornalista.
O outro, papel, já era.