sexta-feira, 25 de março de 2011

De repente, saudades!

Chegará um dia que não mais aguentarei a saudade e ela transbordará pelos meus olhos.
Pense que isso não serão lágrimas de tristezas ou tampouco de alegria.
É incrível como pude viver sem tê-la por anos, sendo que hoje, alguns poucos dias me sufocam.
Saudade é uma dor inexplicável, o tempo parece parar. Não há distração que o faça passar. Impossível encontrar uma saída para meus dias que parecessem tão compridos. Tento, mas não consigo cessar os pensamentos quando a noite chega.
É como estar sozinho, bem acompanhado. É como se um vazio encontrasse meu peito e o fizesse doer intensamente, até esquecer. Alguns poucos minutos se passam e tudo volta, até a próxima esquecida.
Saudade é ter a impressão que o mundo vai acabar, e, de repente, perceber que nada é tão grave quanto parece ser.
Saudade é ser dramático aos montes e de repente se auto-confortar sabendo que tudo logo vai passar tão logo como certamente sempre voltará.

domingo, 13 de março de 2011

Divergência com convicção

Convicção!
Esta sim é a culpada de nossas ações muitas vezes precipitadas e errôneas.
Esta palavra estranha cria uma barreira intransponível, que impede que tenhamos uma nova opinião ou a formulação de um novo conceito a cerca de determinado fato. Uma vez convictos de algo, já é o suficiente para não voltarmos atrás em uma decisão ou mesmo consertar uma situação embaraçosa.
Já dizia um grande filósofo, “não é a mentira a real inimiga da verdade, mas a convicção”. Quando esta se apodera do pensamento de alguém não sobra espaço para que o racionalismo seja exercido. É impossível pensar de forma cautelosa e correta.
Esta palavra erradamente usada por alguns na tentativa de forjar a assertividade, é alienante e nociva à racionalidade das atitudes dos seres humanos.
  
Texto de Jorge Pontes