quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Amor desconjugado

Procuro incessantemente um culpado
Para este martírio que me deixa desolado
O verbo amar, por mim não pode mais ser conjugado
Mas teria eu desaprendido o que já me fora outrora ensinado?

Talvez alguém teve o poder de fazer-me esquecer
De maneira parcial, já que fez-me perceber
Que apenas o pretérito deste verbo ainda posso compreender
Já o futuro e o presente no ostracismo foram perecer

Mas talvez ainda me reste uma chance de tentar
A aprender novamente a este verbo conjugar
Ou quem sabe a conseguir alguém para me ensinar
De maneira tão singela, genuína e peculiar

Esta falta de sintonia entre o verbo e a conjugação
Em meio ao esquecimento talvez tenha solução
Com duas almas conjuntas em perfeita união
Ressuscitando o saber conjugando com perfeição

Texto de Jorge Pontes