quinta-feira, 14 de junho de 2007

Na Trave

(Crônica)

Dezoito de abril de mil novecentos e noventa e oito. Disputa de pênaltis assirradíssima. Já passará das cinco cobranças estipuladas de inicio para cada time. Todos já haviam cobrado, exceto um, Carlos Carcamano.
Tido como patrono da defesa de seu time, era péssimo em tiro livre direto, porém o titulo interestadual de futebol socyte, cobiçado à quase vinte anos, estava em suas mãos, melhor dizendo, em seus pés.
Impossibilitado tecnicamente a realizar tal tarefa, Carcamano se via numa situação mais que complicada. Tendo de cobrar o pênalti, e por obrigação marcar o ponto para sua equipe, não sabia o que fazer, até tentou desistir, tarde demais.
Correr para a bola parecia tão difícil quanto marcar o gol, o que era sua única saída, diferente disso, adeus título interestadual e toda sua índole no mundo do esporte.
Apreensivo, com medo, porém consciente da responsabilidade, coloca a bola na marca, toma enorme distância e prepara-se para cobrança.
Quinze jogos se passarão diante seus olhos naquele momento, o nervosismo se fez evidente, rezará aos céus a busca de uma Luz por centenas de vezes. Quando finalmente iniciada sua trajetória em direção à bola, uma luz o ilumina...
(...)

Ainda meio sonolento, tentando se esquivar da luz por meio dos lençóis e travesseiros, pede à mãe que feche a janela e o deixe dormir mais um pouco.

3 comentários:

  1. "Antes meus olhos a que minhas mãos"

    Desde ja, grato a todos!

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  2. Gostei do conteúdo!
    Vou visitar mais vezes!!
    Parabéns!

    www.djsander.blogspot.com

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  3. Manu.... mto loca essa cronica pagei mor madeira .....

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O seu jeito é o jeito certo. Grato!