segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Outra Guerra

(crônica)
Silêncio, tensão. Tudo preparado para o inadiável.
De repente
Sinais sonoros soam incessantemente, sacudindo os corações das pessoas envolta deste campo. Correria, gritos, perseguição. Olhos assustados observarem-lhes desconfiadamente. A luta não para.
Os grupos inimigos, distantes um do outro, jogam suas bombas e suas granadas com o único intuito de vê-las explodir. Muitas não atingem seu alvo. Poucas deixam o inimigo estendido no chão.
Enquanto a guerra continua, uma senhora vem, pouco a pouco, aproximando-se do campo de batalha (os soldados não se dão conta dela).
O General se levanta, mira e atira sua granada que vai cair junto ao corpo da senhora que grita:
- Zézinhooooo, pare já cum issu muléqui, fica sujandu us outrus cum essas bola di barru. Já pra casa. Olha comu ucê ta suju.O General José Carlos despede-se, com o olhar desconsolado, de seus soldados que, molhados e sujos com as bombas (de água e de barro), levantam-se e se despedem do comandante que, capturado pelo inimigo, será torturado com um terrível banho e ficará trancafiado até o dia seguinte.

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